Crítica | Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

[O texto a seguir contêm spoilers]

Filmes do gênero de ficção cientifica como Star Wars, foram fortemente inspirados pela história em quadrinhos francesa de 1967, Valerian e Laureline, apenas agora, 50 anos após sua criação, a HQ ganha sua adaptação cinematográfica.

A trama segue os agentes espaço temporais do século 28, Valerian e Laureline que são convocados para uma missão no planeta Alpha, onde existe um problema que está ameaçando a estabilidade da cidade dos mil planetas.

As duas horas e dezessete do filme são desnecessárias, contendo muitas cenas irrelevantes para trama, como a parte que a cantora Rihanna é apresentada, uma sequência totalmente desnecessária podendo ter um outro jeito de apresentar a personagem e tendo outra solução para o problema que Valerian tinha na ocasião (resgatar Laureline).

Outra parte que incomoda no longa é a morte da personagem interpretada por Rihanna, em que o diretor tenta forçar uma conexão com o público, mas sem sucesso, contribuindo mais para uma cena que beira o ridículo - considerando que a personagem não é bem desenvolvida.

Em relação ao elenco, os protagonistas Dane DeHaan e Cara Delevigne acabam decepcionando. DeHaan não convence em seu papel, foge do agente dos quadrinhos, parecendo mais uma cópia mal feita do Han Solo. Delevigne, por outro lado, mostra mais uma vez sua falta de carisma e com uma atuação extremamente pueril.

Quanto ao romance do filme, é totalmente forçado e bastante superficial, não existindo química entre os dois protagonistas, além de ser extremamente mal construído.

O único ponto forte do filme são os efeitos visuais, que estão fantásticos, sequências como a destruição do planeta dos Pearl, o Grande Mercado e todos os detalhes de Alpha, fazem Valerian superar Avatar - pelo quesito visual.

Por ser um filme baseado nas histórias em quadrinhos francesa, Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é decepcionante e fica devendo muito pois as histórias em quadrinhos foram influências para filmes do gênero Sci Fi como, Star Wars, Star Trek, entre outros. Besson erroa a mão no longa, que ficará mais conhecido pelos seus efeitos visuais do que pelo seu enredo, tornando o longa metragem, esquecível.