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Crítica | Maze Runner: A Cura Mortal


Curiosidade. A motivação que move o espectador para acompanhar a jornada corrida de Thomas e seus amigos é a curiosidade. Maze Runner: A Cura Mortal representa a verdade pela qual todos esperamos. Afinal, o que sabemos até então? WCKD não é bom, nada é o que parece ser, a liberdade é uma ilusão.


O terceiro filme da franquia resgata todas estas certezas para fundamentar a narrativa, mantendo o mesmo ritmo do anterior, o que contribui para criar toda uma atmosfera de continuidade muito interessante para abrir a última aventura. Repleto de cenas de ação,planos estratégicos e efeitos especiais ousados, o longa parece sempre acumular uma distância segura das respostas que justificam as atrocidades deste mundo distópicos que ainda não compreendemos inteiramente. Mas não passa disso… aproximação.


Após a primeira hora do filme, embora as cenas e as relações entre os personagens mantenham o espectador conectados à trama, a certeza de que as respostas tão aguardadas não virão se faz cada vez mais presente. Quem são as pessoas que fazem parte do WCKD? Como esta organização surgiu? Quem faz parte dela? O que fizeram com as lembranças dos jovens imunes? Como se estrutura essa sociedade?


É claro que essas e muitas outras explicações podemos encontrar nos livros da saga, que são sempre muito mais detalhados em comparação com as adaptações para o cinema. No entanto, há um mínimo esperado para que seja possível separar um conjunto de ações estratégicas de um objetivo coerente. O roteiro escolhe não desenvolver nenhum destes aspectos, e justificar essa omissão com um enredo tomado pela urgência da sobrevivência.


É claro que as atuações ajudaram a firmar essa perspectiva; o elenco soube construir relações convincentes, desenvolvendo inclusive pontos que pudemos acompanhar nos últimos dois filmes. Como por exemplo, a relação de amizade entre Thomas (Dylan O’Brien) e Newt (Thomas Brodie-Sangster), Brenda (Rosa Salazar) e Jorge (Giancarlo Esposito), Teresa (Kaya Scodelario) e Ava Paige (Patricia Clarkson), e pontos de conflito, muito bem representados por Janson (Aidan Gillen) e Gally (Will Poulter). Tudo isso unido a fotografia bem feita e aos efeitos especiais ousados, ajudam a criar a atmosfera. Mas...


Talvez essa constante sensação de que falta alguma coisa venha justamente do fato de estarmos um pouco saturados de distopias e, consequentemente, mais exigentes quanto aos elementos diferenciais entre elas. O filme dirigido por Wes Ball ( Toda Forma de Amor - efeitos visuais) e roteirizado por T.S. Nowlin (Phoenix Forgotten) não aproveitou a oportunidade de adaptar da trilogia escrita por James Dashner o diferencial que a destacaria.


Embora inconclusivo, o final é emocionante e esperançoso, dando um respiro necessário. Se você busca por uma experiência de entretenimento, Maze Runner é uma boa pedida. A franquia é válida, mas a falta de contextualização compromete o que teria potencial para ser uma grande história.


Direção: Wes Ball

Elenco: Dylan O'Brien, Kaya Scodelario, Thomas Brodie-Sangster

Duração: 2h 22min

Data de lançamento: 25 de janeiro de 2018

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