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Crítica | Amor, Paris, Cinema

Quando o habitual se torna inaceitável e as coisas ao seu redor parecem ir de mal à pior, se “desligar” por um tempo da rotina talvez seja a melhor opção para fazer tudo voltar aos eixos. É dessa filosofia que desfruta o cineasta Arnaud (Arnaud Viard), em Amor, Paris, Cinema, o qual passa por uma fase complicada, tanto na vida doméstica quanto na vida profissional.


Além de protagonizar, Arnaud Viard dirige, produz e roteiriza o longa. O trabalho de Arnaud passa a ser uma obra completamente metalinguística, afinal, Amor, Paris, Cinema é o segundo filme do diretor, e seu enredo gira em torno de um personagem (Arnaud) que também luta para produzir seu segundo longa-metragem. A história de Arnaud acaba sendo contada de forma divertida e impessoal, o que marca por completo o tom assumido pelo filme. Entretanto, não se deve atribuir a produção ao gênero comédia, e sim, a algo que se enquadre entre comédia-dramática e comédia romântica, pois apesar da prevalência do tom descontraído, muitas cenas são marcadas pela tensão de acontecimentos de carga dramática.


Apesar de não possuir grandes diálogos, que prendem a atenção do espectador a cada palavra proferida, de forma geral, o filme é bem escrito, entregando a história que foi prometida de forma simples e objetiva. O elenco do filme também não deixa muito a desejar. Irène Jacob, que interpreta Chloe, a mulher de Arnaud, e Louise Coldefy (Gabrielle) desempenham um ótimo trabalho ao representarem, cada uma, um dos polos daquele momento da vida de Arnaud.


Mas como não poderia deixar de ser o destaque vai para Arnaud Viard, que cumpre todos os seus papéis (tanto como diretor, quanto como ator) da melhor maneira possível. Seu personagem no longa se comunica perfeitamente com o público, o qual facilmente acaba se afeiçoando ao personagem. Por outro lado, sua história não é a das mais cativantes. A não ser por algumas atitudes ousadas tomadas por seu protagonista/diretor/escritor, a trama acaba por não trazer nada de novo ao cinema, fazendo com que certas passagens se tornem arrastadas e obsoletas.


No demais, Amor, Paris, Cinema pode ser considerado um filme razoável, que é, a todo momento, sustentado por Arnaud Viard. Se qualquer outra pessoa contasse essa mesma história, definitivamente as ideias do longa funcionariam para poucos.



Diretor: Arnoud Viard


Elenco: Arnaud Viard; Irène Jacob; Louise Coldfy


Distribuidora no Brasil: Fênix Filmes

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