As surpresas e decepções de 2017, segundo nossa redação!
O ano de 2017 foi repleto de novidades no cinema. Seja elas no mundo do Sci-Fi, dos heróis, em outra Galaxia e até mesmo em contos bíblicos. Nossa redação escolheu cada um o seu, contanto um pouco o melhor filme para eles e sua decepção, afinal a vida não é só feita de alegria. Confira abaixo nossos filmes:
Melhor - Blade Runner 2049 | Decepção - Star Wars: Os Últimos Jedi
By: Mateus Santos
Blade Runner 2049
A continuação do clássico de 1982 foi definitivamente o melhor que o cinema pôde oferecer nesse ano. Unindo um trabalho visual de extrema delicadeza e honroso ao filme original, a uma trama inovadora e que leva a franquia a novos patamares, ao mesmo tempo que permeia nostalgia, na medida certa.
O trabalho do diretor Dennis Villeneuve como diretor é digno de destaque. O cineasta consegue conciliar o visual punk e futurista que o primeiro filme introduz, mas traz sua própria particularidade para o filme, sem nunca perder a essência de Blade Runner: seus questionamentos.
Star Wars: Os Últimos Jedi
Talvez o filme mais esperado do ano - e justamente por isso, acaba entrando na lista de decepções. Definitivamente, um dos filmes mais ousados da saga, mas que tem diversos problemas de roteiro.
Apesar da direção caprichosa e visualmente linda de Rian Johnson, o cineasta se perde quando precisa levar adiante a história. O roteiro, por mais ousado que seja, perde totalmente a essência da franquia e aposta em reviravoltas gratuitas e pomposas.
Os problemas do longa anterior persistem nesse e fazem com que a franquia mais pareça uma "fanfic" pessimista do que qualquer outra coisa. A omissão de informações incomoda a todo momento e o desfecho de certos mistérios acabam soando totalmente desnecessários, tornando o filme anterior ainda mais fútil.
Indubitavelmente, um divisor de águas, mas que deixa a impressão final de que o passado deve ser esquecido para dar lugar ao futuro - algo que é reiterado no próprio plot do filme, de maneira vazia.
Melhor - Mãe! | Decepção - Alien: Covenant
By: Guta Cundari
Mãe!
Darren Aronofsky sempre foi considerado um diretor com filmes meio polêmicos, trazendo temas que quase ninguém fala e expondo eles de maneira diferente, e sabemos que com 'Mãe!' não seria diferente. Transformando uma alegoria bíblica em longa, temos o surgimento da natureza, o Deus criador e os primeiros humanos surgindo e junto deles trazendo o caos.
Darren toma muito cuidado ao mostrar cada pedaço da história em seu filme, sabendo muito bem chocar o publico quando é precisa, mas de uma forma que não desrespeita a religião e seus seguidores.
Alien: Covenant
O grande sucesso de Ridley Scott de 79 posso considerar um dos meus filmes favoritos, com uma personagem feminina forte que sobrevive sozinha em sua nave fugindo de uma criatura, ou melhor um Alien, extremamente bizarro. Mas como um longa tão incrível conseguiu decepcionar tanto no mundo atualmente?
Com uma história semelhante em questão de uma personagem feminina, mas que não mostra carisma ou força alguma para uma boa representação. Ridley Scott transforma seus personagens em burros, perdendo totalmente a noção de como se proteger ou até mesmo usar uma arma. O único que você sente algo durante a trama é o personagem de Michael Fassbender, Walter, o droid com inteligencia artificial que resolve tudo para os humanos que não sabem fazer nada.
Alien: Covenante poderia trazer toda a essência de O Oitavo Passageiro, mas acaba trazendo apenas vergonha para os fãs durante a sessão, e foi o que eu mais senti durante o filme.
Melhor - Mulher Maravilha | Decepção - Passageiros
By: Ana Beatriz Marchiori
Mulher-Maravilha
O filme introdutório de Diana Prince era esperado, mas a expectativa do público - incluindo a minha - não era das mais altas. Batman vs. Superman dividiu opiniões e deixou muitos fãs decepcionados, por isso quando Mulher Maravilha estreou a qualidade do filme pegou muitos de surpresa. Com enredo bem desenvolvido e com uma atmosfera mais leve do que a DC costuma imprimir nos longas, a pegada girlpower inédita, o carisma de Gal Godot e Chris Pine e cenas de ação incríveis fizeram de Mulher Maravilha um dos melhores lançamentos do ano.
Passageiros
O longa tinha uma boa promessa, a presença de Jennifer Lawrence e Chris Pratt no elenco só reforçavam isso, mas Passageiros não entregou tudo isso. O enredo previsível acaba por atrapalhar o suspense, já que não é difícil imaginar o que vem a seguir. Deste modo, passageiros decepciona apesar de ser um bom filme.
Melhor - Logan | Decepção - A Múmia
By: Gianlucca Gattai
Logan
Depois de 17 anos e diversos filmes, Hugh Jackman e Patrick Stewart estiveram juntos mais uma vez para atuarem uma última vez como seus respectivos personagens do universo dos X-Men. Onde, finalmente tivemos o carcaju representado de uma maneira mais fiel, um Wolverine mais humano, desiludido, cansado e, finalmente, velho e um Professor Xavier com problemas mentais, podendo matar todo mundo a qualquer momento se não tomar seus remédios, ambos partindo em uma sensacional Road Trip em um futuro distópico para levar Laura, uma clone do Logan e uma das últimas mutantes existentes, para o Canadá, onde, supostamente, existe um lugar onde os mutantes podem viver em segurança. Uma obra que mistura violência, emoção e um fim digno para os personagens, deixando qualquer um "suando pelos olhos
A Múmia
A Universal viu que a Disney e a Warner ganham muito dinheiro com seus Universos Expandidos de super-heróis, então, pensaram, por que não fazer nosso próprio? Já que temos os direitos dos lendários monstros dos anos 30, vamos criar nosso próprio universo, um universo de monstros, O Dark Universe. Eis que surge "A Múmia" para introduzir esse universo, um filme com uma proposta mais dark, "retomando" os elementos de terror, sendo totalmente diferente daqueles filmes mais atuais, protagonizados por Brendan Fraser. Bom, esse filme é um caso perdido do começo ao fim, onde, nem as cenas de ação salvam, é recheado de piadas sem graça e fora de hora, uma história totalmente confusa, uma vilã sem uma motivação definida, atuações ruins (cof, Annabelle Wallis, cof), um roteiro fraco, onde, se preocupam mais e mais em tentar explicar que vão criar um universo expandido do que explorar a vilã do filme mais a fundo. O pior é o ultimo ato do longa, tudo se torna confuso e o final... que final péssimo. Parece que pelos resultados desse filme, o Dark Universe já nasceu cavando sua própria cova.
